domingo, 18 de julho de 2010

Poxa vida, sou chata mesmo.
Passei 17 anos com duas mulheres de pavios curtíssimos, de gênios fortíssimos, de gritarias constantíssimas e muito amor.
A parte do amor parece aliviar muitas coisas, mas na verdade foi o que complicou tudo. Hoje, eu sou uma geniosa em tratamento, com um pavio ainda curto de ponta molhada, falo alto e não sei discutir sem levantar a voz, sei lá, parece que desse jeito eu tenho mais razão- eu sei que não.
Mas apesar de tudo, tive amor... Eu sei, eu tive e por isso, que hoje, eu sou mimada.
Minha vó gritava daqui, minha mãe gritava de lá e eu sabia que tinha feito alguma merda muito grande, ou não, e que, muito provavelmente ia levar porrada, mas depois ganhava uma Barbie e tava todo mundo feliz de novo. Ê! Gostosinho.
Mas com essa coisa toda de brigas e Barbies, eu meio que me perdi no que seria certo de aceitar e no que seria exagero. Porque não é fácil você conviver com pessoas que gritam por lazer e brigam pra se soltar, no final ganhando a Barbie Califórnia sem saber porquê.
Conviver com mulher é coisa difícil e a gente ainda reclama de homem não entender. Pelo amor de Deus, você entende a sua mãe? E a sua vó que te promete de porrada o dia todo, cagueta pra  tua mãe e na hora de levar os tapas ela diz que não é preciso violência?
Agradeço todas as vezes que perdi a razão, paguei de louca, chamei a atenção na hora errada e não aceitei brigarem comigo mesmo estando errada à minha avó e minha mãe, que sempre me mostraram que gritar nunca é demais. Mas agradeço ao meu pai pela falta de convivio, porque me fez ser uma pessoa melhor!
Muito obrigada pelos defeitos, sem eles eu seria insuportável e não teria todos os contatos que tenho no Orkut.
Mães, amo vocês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário