domingo, 14 de abril de 2013


Contei 369 mastigadas esperando o 1,83 chegar, deu 15:30 paguei os R$6,45, entrei no 1.0 e sai sem rumo pelas ruas da minha cidade. A gente não quer amor, a gente quer sexo, dos bons, de tirar o couro, de gastar a água do corpo, a gente sente falta, saudade e amor é coisa de gente boa. Eu não sei ser boa e também não sei ser completamente má, eis a explicação dos meus eternos altos e baixos.
Às vezes tudo que a gente precisa é de uma noite bem doida com as amigas, fugir de quem quer que seja um dia desses, ter umas histórias boas pra contar e lembrar, porque a vida só começa a ficar séria mesmo quando a gente já tá pra morrer, veja bem, não apoio inconsequências, mas se não causar prejuízos prolongados, por que não? Eu que sei, viver 40 anos só tendo 20 é cansativo.
Quero gritar pela rua “FODA-SE”, desligar o celular e sumir por dois dias. Botar tudo que é ex dentro de um carro, fazer uma suruba e depois jogar um por um no meio da rua e passar com o carro por cima, ligar pra mamãe e dizer “olha, é o seguinte, to largando a faculdade, vou viver de amor” arrumar um rolinho chamado Felipe, que seja mais novo que eu e levar o Felipinho pra passear. Me embebedar, embebedar as amigas, embebedar o Felipinho e os amigos dele e depois esquecer de tudo isso no dia seguinte. Meu Deus como eu queria esquecer de tudo isso no dia seguinte.
Mas aí eu to aqui, obedecendo, marcando médico, fazendo trabalho, adoecendo, essas coisas de gentinha normal. E o Felipinho tá por aí, as amigas tão por aí, as bebidas e os ex também, e eu to aqui. Querendo mandar todo mundo à merda e rasgar minhas provas da faculdade com os dentes, tendo chiliques incontroláveis e virando uma megera. Tendo a certeza de que isso nunca vai passar.