quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

leia qualquer dia.

Eu não tenho com quem conversar, pra quem responder e nem abraços eu estou dando.
Será que você poderia largar sua autoridade por um segundo e me dar liberdade por uma semana?
Todo mundo tá bem, as perguntas repetidas continuam acontecendo, o futebol ainda passando na televisão e o almoço ao meio dia em ponto, vovô continua fazendo alguma coisa na casa que nunca termina e eu... Bom, eu ando por aqui, fazendo nada como sempre.
Queria tanto te contar umas coisas, sabe? Deitar na cama e te fazer entender, falar dele e de como ele fala, meus planos pro ano que vem que já está chegando, te contar do sapato lindo que eu ia comprar, queria tanto que visses e falar da falta anônima que tu fazes pra mim, as vezes.
Por sinal... Já me acostumei, se eu não fosse tão dependente acho que nem faria tanta diferença assim, meu eu de nove anos que sente muito todos esses anos sensiveis que eu passei, mas só ele também e até ele hoje em dia está superando, ele está crescendo mãe, não é legal? Daqui a alguns anos eu e meu lado de ontem vamos ter a mesma idade e daqui a mais uns anos vou viver de irônia como todos os outros que conhecemos.
Ando querendo perder o medo do não, sabe? Largar algumas paranóias e talvez mudar de ideia sobre muitas coisas, não sei ainda se preciso de ajuda de fora ou se eu consigo fazer sozinha, só sei que se eu precisasse talvez pedisse pra ti :).
Minha época do ano favorita começou mãe *-*, tô tão feliz. Chuva, frio e as ideias florindo, éé tudo tão bom pra mim, assim eu posso ficar em casa sem reclamar, não estou molhando minhas calças novas :D
boa tarde mãe, espero receber respostas logo.
beijos,
te amo.

Carta para mamãe.

Quando você vier, não se esqueça de trazer o sol contigo, dissestes que mandaria assim que chegasses e até hoje não recebi. Quando você vier, traga um pouco, em um pacote, melhor, em uma vasilha aquele negócio que você falou, como é mesmo o nome? Ah, amor. Sinto dizer, mas desde que você se foi andamos muito descrentes, insatisfeitos e desapontados com muitas coisas, talvez quando chegues encontre uma casa desarrumada, louça pra lavar e roupas no chão. Muitas coisas mudaram, como o tempo que demora pra passar e o mês que semana passada pareceram um ano, as plantas estão menos verdes e os cachorrinhos tristes, nem o peixe come mais como antes.
Desde que se foi, ele anda mais perdido e desconcentrado, errou duas vezes o caminho e vive ao lado do telefone, lembra como ele não suportava atende-lo? As ruas parecem diferentes agora, não sei se o caminho mudou ou se ele mudou o caminho. Ontem andamos a cavalo e apesar da alegria de Aurora os risos não eram tão felizes. Não asfaltaram a rua ainda e parece que a cada dia que chove aparecem mais buracos, o shooping anda vazio, as casas mudaram de cor e muita gente viajou também.
Não sei o que está acontecendo, bastou você ir. Não sei se a cidade que mudou ou se foi você que mudou da cidade.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não existe amor impossivel, existem pessoas que são incapazes de lutar por ele...

Ok... Quem escreveu isso com certeza não conhecia minha mãe hasduihduisda, mas realmente não existem amores impossíveis, existem momentos impróprios, pessoas dependentes e o medo.
O que me leva a famosa pergunta... Você já fez alguma loucura por amor? Com certeza milhaaares de pessoas seriam capazes de responder com toda criatividade possível, mas o que seria uma loucura de amor? Milhões de rosas na porta da sua casa mandadas pelo seu namorado que mora na Finlândia? Fugas as altas horas da madrugada? Ou uma simples mentirinha? Tudo depende da pessoa que faz, da liberdade que ela tem e do nível de bom senso, claro haha.
Loucuras são normais, pessoas loucas que nem tanto, até que ponto vale a pena correr um risco por alguém? Seria o risco proporcional a importância da pessoa?
Reparei que por acaso todas as perguntas que me faço dependem de mim mesma responder, depende do modo como eu vejo as coisas, ou como eu posso vê-las, ou até mesmo quem me faz ver.
As vezes loucura é encontrar alguém do nada, que aparentemente não tem nada a ver contigo e nem faz o seu tipo e do dia pra noite essa pessoa virar motivo de atos loucos. É incrível que essas pessoas dignas de atos malucos vindo de mim são exatamente tudo que eu não esperava que elas fossem, comigo elas sempre aparecem de um modo inesperado e bem depois de uma tempestade, acho que deve ser por isso que eu gosto tanto de chuva, mas ein? ok.
Talvez tudo que falte seja um pouco de coragem e atitude, coisa que na teoria é muito simples, mas praticar isso já é algo questionável. Até onde vale a pena sacrificar a sua comodidade por alguém?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

You get used to.

escola nova, amigos novos, casa nova. O mesmo lugar que era o mesmo lugar pra outra pessoa, hoje é o seeu :O e você não se sente em casa mesmo sabendo que aquilo é seu por direito, o corredor dá medo, a cozinha é diferente, a porta que você ainda não sabe abrir e a cama... Ahhh a cama... Nem se fala nela, é como dormir pela primeira vez na casa de um amigo O.O você simplesmente... boom.. NÃO DORME. Os dias vão passando e parece que tudo é só um graande pesadelo ou uma temporada de férias (dependendo do lugar), até que um dia você começa a se acostumar com a buzina do carro do vizinho, com a goteira que seu pai reclama todo dia, com as plantas que antes não tinham ou que agora tem (enfim...São suas coisas e não minhas ok u.u), você aprende o número do telefone novo e o endereço, começa a ver as mesma pessoas sempre e de pouco a pouco aquele lugar nem é tão mais estranho assim, a cama vai ficando mais confortável e suportável. Você não percebe essa mudança, até alguém próximo perguntar 'eei, onde você mora mesmo?' e o endereço novo vem direto na sua cabeça... Bom, é lá que você mora agora. O que eu quero dizer é que com o tempo você se acostuma com as coisas, aprende a se adaptar ao invés de adaptaá-las a você é um modo mais fácil e cômodo. Você se encontrar em lugares, histórias e principalmente em situações, dependendo do ponto de vista isso pode ser extremamente bom ou desgastantemente ruim, mas no final... You get used to.