domingo, 14 de abril de 2013


Contei 369 mastigadas esperando o 1,83 chegar, deu 15:30 paguei os R$6,45, entrei no 1.0 e sai sem rumo pelas ruas da minha cidade. A gente não quer amor, a gente quer sexo, dos bons, de tirar o couro, de gastar a água do corpo, a gente sente falta, saudade e amor é coisa de gente boa. Eu não sei ser boa e também não sei ser completamente má, eis a explicação dos meus eternos altos e baixos.
Às vezes tudo que a gente precisa é de uma noite bem doida com as amigas, fugir de quem quer que seja um dia desses, ter umas histórias boas pra contar e lembrar, porque a vida só começa a ficar séria mesmo quando a gente já tá pra morrer, veja bem, não apoio inconsequências, mas se não causar prejuízos prolongados, por que não? Eu que sei, viver 40 anos só tendo 20 é cansativo.
Quero gritar pela rua “FODA-SE”, desligar o celular e sumir por dois dias. Botar tudo que é ex dentro de um carro, fazer uma suruba e depois jogar um por um no meio da rua e passar com o carro por cima, ligar pra mamãe e dizer “olha, é o seguinte, to largando a faculdade, vou viver de amor” arrumar um rolinho chamado Felipe, que seja mais novo que eu e levar o Felipinho pra passear. Me embebedar, embebedar as amigas, embebedar o Felipinho e os amigos dele e depois esquecer de tudo isso no dia seguinte. Meu Deus como eu queria esquecer de tudo isso no dia seguinte.
Mas aí eu to aqui, obedecendo, marcando médico, fazendo trabalho, adoecendo, essas coisas de gentinha normal. E o Felipinho tá por aí, as amigas tão por aí, as bebidas e os ex também, e eu to aqui. Querendo mandar todo mundo à merda e rasgar minhas provas da faculdade com os dentes, tendo chiliques incontroláveis e virando uma megera. Tendo a certeza de que isso nunca vai passar.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Eu planejei minunciosamente meus anos de vida desde os treze anos e o roteiro mudou vinte vezes mais do que eu planejei que mudaria, mudou porque eu desisti de muita merda, abracei outras, me apaixonei, me decepcionei mais do que esperava, porque paixão é isso, é sempre mais do que você espera e planeja quando se tem 13 anos. O que acontece é que eu criei uma certa frustração e medo pelos meus planos que não aconteceram porque, na minha cabeça, teriam sido bem sucedidos e agora eu sou mais uma jovem desamparada da mão da certeza, jogada no destino como se fosse trambolho velho e não sei o que eu estou fazendo. Por que quando se tem 13 anos é mais fácil planejar? Porque planejar é fácil. Quando eu meti o pé na faculdade eu vi que nada, nunca mais, ia ser o mesmo e não tem sido desde então, se passaram dois anos de muita diferença na minha vida, meus planos de antes foram pras cucuias e ainda não criei nenhum novo, então estou à deriva, o que é mais perigoso pro sucesso do que a falta de foco numa jovem de 19 anos? Sabe, eu queria muito ser bem sucedida, na verdade minha família queria muito, rica, bonita, bem amada e idolatrada, mas, talvez, eu não tenha nascido pra isso, talvez eu tenha que ser mediana em todos os aspectos da minha vida, porque, talvez, a minha natureza precise disso pra manter meu único objetivo, ainda vivo, aceso, ser uma pessoa melhor. Talvez eu com pouco me revolte, talvez eu com muito ostente pecaminosamente, mas eu com o meio, talvez eu tenha olhos semi cerrados, coração semi aberto, e um equilíbrio psicológico e emocional, se é que os dois não são a mesma coisa. 
Eu, durante esses anos, gritei roucamente por ajuda, pra minha família, meus namorados, amigos e tudo que passava pela frente e a única pessoa que me ajudou fui eu. Que ironia, de fato, a pessoa de quem a gente mais precisa tá do nosso lado e a gente nem percebe, então dedico todo meu amor a mim, a unica que pode me salvar de mim mesma, a unica que pode mudar o roteiro. Porque, provavelmente, a minha vida foi feita pra mim, na medida certa, caso contrário, não viria tão pequenina, então meus sucessos, meu destino e meus planos sou eu quem traço, logo, eu também faço minha felicidade. O rumo que eu tomar é o meu rumo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


- Algumas palavras foram feitas apenas para serem escritas...
-Tipo?
-Tipo “Amor”.
-Por que?
-Porque assim ficaria registrado todas as vezes que você disse, talvez as pessoas levassem mais a sério.
-Talvez.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sobre depois de você


Eu durmo mais cedo, acordo mais cedo, entrei pra academia, eu malho, como bem, converso com gente estranha como se tivesse algum interesse em realmente conhecer aquela gente estranha, tomei umas caipirinhas, tonteei as escadas até o quarto algumas três vezes,  me perdi na faculdade, parei de domar a preguiça, não levo nada/ninguém a sério e estou rindo pra caramba.
Mas, principalmente, a sensação de que nada vai dar certo a partir de ontem continua. Não é que eu não transe porque espero ainda poder entrar na redoma de menina-moça que tanto tiveste medo de perder, é que agora parece meio sujo, eu penso antes “daqui a três meses vou me arrepender?” e geralmente a resposta é sim, e tudo tem sido assim depois de você, parece que vou me arrepender de tudo daqui a três meses, não prometo mais nada, não ensaio mais nada, não planejo mais nada, porque daqui há três meses eu vou me arrepender. Eu vou me arrepender de ter dado meu telefone praquele menino bonitinho quase bêbado na festa. Eu vou me arrepender de dizer pra alguém que “dessa vez eu acho que vai”. Eu vou me arrepender de te escrever um texto enorme te xingando e te amando. Porque eu não quero ter de escrever nenhum outro texto com esse título, porque o “depois de alguém” parece sempre um luto eterno e eternizar amor hoje em dia é tão plastificado.
Eu sinto muito por eu não ter dado certo pra você, porque depois de você eu acho que não dou certo com ninguém e ando tentando admitir que talvez o problema de fato esteja comigo, talvez eu não seja tão merecedora de algo tão legal quanto uma pessoa que realmente se importe, e goste, e queira de verdade. Eu sinto muito, porque depois de você eu olhei mais feio pro mundo e percebi que não dá pra nem tentar ser bonita pras pessoas, porque elas sempre te olham feio mesmo.
Depois de você ficou cinza, meio Belém em época de chuva, minha época favorita, não sei se perdi a graça, ou ela que me perdeu. Depois de você fiquei assim, clichê, não sai nada da minha cabeça que preste, nada da minha boca que agrade e eu não confio em ninguém. Menos ingenuidade, menos romance. Porque o lance de amor não nasceu pra se embalar em berço sujo e eu to assim suja, toda suja dos seus gritos, da sua falta de educação, da sua falta de caráter, respingou em mim a parte ruim e depois de você to tentando limpar essas manchas todas e não saem.
Eu não me abalo por nada e tudo de chato que poderia acontecer acontece, e não me surpreende, não me instiga e não me dói. Meus amigos sofrem e eu “é a vida.” E que é bem isso mesmo, aprendi a não bater o pé em caco de vidro, e não creio mais que fazer esforço sob-humano vá me garantir  um história bonita. Lutar para se conseguir o que quer é bem relativo, principalmente quando se trata de meninices, erros bobos, mentiras e traições, isso não foi bem lutar, foi só tortura, pra gente se testar e vê até onde dava pra aguentar o tranco. Talvez tenhamos ficado mais resistentes. Ao amor. 
Depois de tudo, de você estragar tudo porque queria diversão, todas as pessoas que te chamavam pra fazer essas besteiras arranjaram alguém pra cuidar, pra amar e sossegar e as diversões acabaram, e aí bateu saudade, bateu o medo, eu sei. E aí que eu sinto muito porque depois de você eu não quero você de novo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Aí...

Você sofre por aquilo e aí todo mundo olha pra você com aquela cara de pena de “eu te entendo, sei como  é isso” e aí continua doendo por um tempo e as pessoas passam a te olhar com aquela cara de “tá bom já, eu superei, você supera também”, mas aí elas te dizem “eu te entendo, sei como é isso” e aí você cala a boca, guarda pra você porque com o tempo a gente percebe que o silêncio por mais que doa ele cura e aí você mentaliza Caio Fernando de Abreu com uma certa vergonha "supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito" e aí engole a seco o "ah, vim aqui com o fulano uma vez", "poxa, fulano gostava tanto disso também", "essa costumava ser a nossa música" ou engole molhado das lágrimas o "Eu fiz de tudo, até o que eu prometi pra mim mesma não fazer por ninguém", "Ele me pedia confiança, brigava comigo por isso, enquanto me enganava e eu me sentia culpada por não acreditar" ou às vezes não engole um "Filho da puta, tomara que morra", "Vai ser corno, vocês vão ver" e aí você com o tempo finge que esquece, finge que perdoa, finge que foi mais uma lição de vida importante e que você mereceu e aí que é bem isso mesmo, mas quem se importa? Aí depois você de fato aprende, você de fato perdoa e de fato entende que aquilo foi uma lição de vida importante e conhece outra pessoa e aí apresenta pra outra pessoa seu novo você, cheio de novidades, de mudanças e de frustrações também... E aí com o tempo você espera que o novo fulano entenda seus limites, suas frustrações e toda sua bagagem e, bom, o fulano também espera que você entenda as decepções dele e os quetionamentos, e aí você passa a entender que não importa o quanto você mude, ou o quanto o fulano novo seja legal, ou o quanto o seu ex-fulano era um filho de uma rapariga, porque no fim das contas todo mundo não se entende, todo mundo espera ser entendido e o "se" perdura nas nossas vontades, nos nossos planos, nos nossos 15 minutos antes de dormir e talvez você um dia aprenda que o objetivo dessa presepada toda da vida é que você entenda que ninguém precisa de mais do que o suficiente pra uma coisa dar certo. Que você não precisa prometer mundos e fundos pra alguém entender que você de fato ama, que confiança a gente não pede e não dá pra ninguém ela simplesmente existe com o tempo, assim como o respeito, o companheirismo, a admiração, e aí você descobre isso, infelizmente, quase sempre tarde demais e mesmo que não descubra tarde demais as pessoas vão chegar e vão dizer "isso tá errado, mas faça o que você quiser" e o "e se" volta novamente e você endoida e aí... Aí que a história se repete, leia o começo do texto de novo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Bom, eu quero que voce saiba que eu me importo e me importo muito por sinal, o suficiente pra me dar ao trabalho de fazer o joguinho do “não me importo nada”, o suficiente pra engolir a seco tudo que tá entalado em minha garganta pra te dizer, na verdade te cuspir, na cara, o suficiente pra invés de fazer alguma coisa apenas chorar.
E eu quero te dizer também que você tá perdendo a melhor parte, aquela parte de fazer parte de um dos melhores casais que você já conheceu em toda a sua vida, de ser aquela pessoa que todas as outras gostariam de ser só por estar dentro de algo legal, você está perdendo a oportunidade única de ser diferente dos demais, de fazer a diferença.
E eu quero te dizer, ou melhor, eu quero escarrar a raiva que eu sinto de sentir necessidade de pedir atenção, carinho, presença, companheirismo, todas as coisas que eu sempre aspirei em uma relação e que nunca foi e nunca vai ser motivo de mendicância, essas coisas quem ama dá brincando...
Eu me lembro de ter te agradecido por um monte de coisas bonitinhas que recebi de ti pelo menos nos seis primeiros meses em que estamos juntos e que hoje, infelizmente, são só lembranças, e eu continuo agradecendo como se fossem coisas eternas, perpetuadas e, cara, elas não são, e cara, hoje elas não são nada além de vultos de felicidade. E, cara, você precisa acordar do seu sonho, dessa sua vida de faz de conta, em que você finge que se esforça, finge que ama, finge que pode, que não tá tudo certo, acorda!
Mas mesmo assim continuo com vontade de te agradecer... Bem, obrigada por me fazer correr atrás de você e me mostrar que quem ama não faz você correr atrás, faz você andar lado a lado. Obrigada por fingir o todo tempo que tá tudo bem e me ilustrar como as pessoas se iludem e iludem outras, obrigada por ter tirado minha ingenuidade e minha crença em verdades. Obrigada por ser um cara normalzinho e me mostrar que eu não sou nada normalzinha porque não sei lidar com caras que nem você, e normalzinha era tudo que eu nunca quis ser. Obrigada por cobrar coisas como confiança, doação e fidelidade o tempo todo e me fazer entender que não é porque uma pessoa que você ama pede uma coisa, que você precisa imediatamente satisfaze-la, obrigada por estragar com minha pro atividade. Mas de coração, obrigada por me fazer desacreditar de vez em primeiras impressões, em amores bonitos, em família bem estruturada, em pessoas imperfeitas feita pra você e instigar a minha eterna paixão pela solidão.
Hoje eu não quero mais te sacudir e tentar te convencer de quão boa eu sou e quanto eu mereço todas as coisas que eu fico implorando nas minhas frases eufêmicas e cheias de "eu te amo", não quero mais te fazer entender que ao invés de objetivares teus desejos, pegas o caminho mais longo e mais sofrido, principalmente pra mim, aquele caminho em que as pessoas se fecham à críticas e a coisas que não estão bem resolvidas, apenas pra ter a sensação de dever cumprido, vais passar a ter um dever comprido, isso sim!  Não quero mais te ver crescer, não quero mais te ver feliz, não quero tua satisfação mais. Hoje a única coisa que eu peço pra mim é: Corre! Corre o quanto antes. Corre enquanto ainda não perdeste os 5 melhores anos da tua vida. E isso não parece mais uma prece de amor, porque acho que isso não existe mais, não da forma singela e pura que eu costumava sentir, alguém me disse uma vez que todo sentimentos podem se transformar na mesma intensidade, mas eu sempre pensava "que bom, um dia a raiva vira amor" e hoje eu entendo que aquela não era uma frase otimizadora. 
Me peguei hoje pensando no quanto eu queria adiantar 10 anos da minha vida pra ver se "what goes around comes around" procede, ou se isso só ocorre comigo. 
Você poderia ter sido minha melhor pessoa, aquele pedacinho de paraíso na terra que todos queriam ter e poucos tem, mas você preferiu fazer parte de mais uma história infernal em que eu protagonizo, meu parabéns, você é, hoje, tudo que eu sempre não quis pra mim. Você é hoje um pesadelo, eu sei que poderia ser pior, e um dia será, mas por enquanto me sinto a vontade em dizer que estou agonizando.
Depois de tanto problema, de tanta briga, de tanta abdicação irrecíproca, de tanta sede de amor, de tanta coisa que deveria ser boa e não foi, eu não sei mais nem quem eu sou e o problema maior nem é mais esse... É que agora eu também não sei mais quem eu quero ser. Se eu quero ser a menina que senta, espera e ama ou a moça que sai correndo pro mundo em busca de nada, porque nada é bem melhor que querer tudo, porque o tudo nunca vai ser seu. 
Que fique registrada aqui a frase interessante, a cara de seriados de meninas malvadas, que li um dia desses: Se uma coisa parece boa demais pra ser real é porque ela provavelmente é. Se bem que eu acho que li isso numa das frases de "Sex and the city" e pelo amor de Deus, eu amo aquilo. Carrie, eu gostaria muito de ser você sem a parte do cigarro e sem aquele sinal na cara, e Mr. Big, eu não queria namorar você, porque com um homem desse a gente casa logo. 
Engraçado é que se um dia, caso a gente ainda esteja junto, você me perguntar, com aquele tom raivoso, se esse texto foi pra você eu provavelmente diria que não, porque no fundo, bem no fundo, bem atrás da raiva, da mágoa, do ressentimento, da ânsia de vômito, eu ainda teria medo de te perder, como se ainda fosses a melhor coisa que tivesse me acontecido nesses últimos 18 anos.
Mulheres, porque vocês são assim?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Realmente o mundo, e as pessoas, nunca vão parar pra esperar que você conserte o seu coração, Shakespeare, mas se você tivesse avaliado um pouco melhor veria que não é necessário que ninguém te espere, que o mundo pare, porque é a dinâmica do mundo, das pessoas, que te derrubaram, que vão te levantar também, que vão trazer outras pessoas pro teu lado e te levar pra onde realmente deverias estar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Apesar das desculpas, obrigada!

Olha, eu queria te falar que eu sei que desculpas não curam e nem resolvem nada e queria te dizer que um sorriso teu mudou minha vida. Eu sei que eu só falo essas coisas bonitas quando quero me redimir de algum mal que te causei, mas só pra você saber eu penso nisso todo dia. Sou do tipo que guarda o necessário e desabafa besteira e isso não significa que eu queira te comprar com minhas "habilidades" de escrita, porque só é habilidade por eu só saber me expressar assim.
Desculpa não pichar "eu te amo, fica comigo pra sempre" na rua da tua casa, não pagar um carro som pra te pedir desculpas na tua faculdade, ou não esperar tu saíres da aula e entrar no mesmo ônibus que tu só pra mostrar que eu me importo, ou simplesmente te ligar... Simples assim. Pra falar a verdade tudo isso seria muito mais fácil do que fazer o que eu tenho vontade de fazer toda vez que coisas ruins acontecem com a gente: esperar tu ligar e pedir colo aos prantos mesmo sabendo que não mereço. Parece besteira, mas esperar uma ligação é por toda as tuas expectativas e o teu dia na mão de alguém, e pedir colo, querer o colo, mesmo que seja ele dado de má vontade é o cúmulo do desespero. E essa sou eu longe da tua certeza: girando em torno de algo por desespero.
E me perdoa se eu sou meio louca, ou completamente louca, sobre todas as coisas, por me curar de todos os problemas só de te ver batendo no portão da minha casa, por te cobrar me contar tudo por mais que eu vá me machucar e depois te esconder algo por medo de te perder, por querer saber sobre tudo e sobre todos na tua vida na hora que eu bem entender e depois dizer que por amor respeito teu tempo, pelas mordidas, pelas provocações, pelos palavrões e por algumas grosserias. Por achar que tens que carregar todo meu mundo comigo, por te fazer mudar a cada dia que mudo de opinião sobre o que é o amor e sobre o que deveríamos ser por sentirmos ele, por achar que só porque eu confio no que eu faço e com quem eu falo tens que ter certeza sobre isso também. Perdoa por apesar de ter sido sempre sincera contigo ter cometido atos que fizessem com que tu duvidasses de tudo que construíste para confiar em mim, por conta desses atos duvidares de tudo que construíste estando comigo, mas me perdoa principalmente por eu ter escolhido não ser racional o suficiente e me entregar desse jeito sabendo que isso teria como consequência danos a tua integridade emocional vez ou outra.Mas não só de desculpas se "sente muito", queria agradecer também por teres ao menos confiado em mim, por saberes que o que eu sinto, apesar de louco, é verdadeiro, apesar de bobo, é sério e apesar de todos os pesares valer a pena. Agradecer pelas noites e madrugadas, e manhãs, e tardes, e noites, e sempre conversar comigo sobre tudo a ponto de me fazer com que me sentisse completamente segura e livre de todo o mal, mesmo com as turbulências, os desagrados, para mim desde sempre foi e é amor até que se prove o contrário. Brigada por ter me mandando no final de um desentendimento pesado um trecho de Eduardo & Mônica e ter me feito crer que nunca é tarde pra sonhar e querer algo tão bom, mesmo sendo tão difícil, por ter me deixado sonhar, por ter me lembrado o quanto é bom fazer isso com alguém e por me doar teus braços, abraços, beijos e colo. Por me fazer querer ser sempre  o melhor que eu puder, por mereceres isso todos os dias, e me desculpe por algumas vezes não o ser. Eu bem queria não ser humana, e pode parecer besteira isso, porque talvez seja mesmo, eu bem queria não ser tão eu para poder te curar de todo o mal que o mundo te fez, e ser um pouco maior para poder te dar colo também para saberes o quanto é confortável isso, preencher todo o teu tempo com o que eu sinto e te carregar comigo não só em pensamento como posso fazer, mas na minha bolsinha surrada que eu levo para todo lugar.
Tens todos os motivos e razões, e circunstancias, e momentos para me largar, quem ia querer estar com uma lunática que tem vontade de obrigar a pessoa a perdoar e abraçar? Quem quer alguém que pede para você ficar quando menos se quer? Quem ia querer só "brincar" por diversão? Ou alguém que surta por causa da TPM? Ou alguém que faz  um texto cheio de "perdoa" e "obrigada" sem sentido por ter a vontade egoísta de desabafar? Loucura...
É a minha loucura que me faz prometer e fazer desafios como de nunca mais te magoar, ou nunca mais chegar perto de algo que te machuque, ou até mesmo ser a mãe dos teus dois filhos e cuidar de um cachorro que provavelmente deve ter problemas estomacais, só isso explica o tanto de necessidade que ele precisa fazer... E eu posso não ter certeza de quase nada na minha vida, mas sei que serei para sempre louca.


"(...) E os dois comemoraram juntos e também brigaram juntos muitas vezes depois, e todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa que nem feijão com arroz"

terça-feira, 26 de julho de 2011



Depois da fase do "tô nem aí" de proteção que durou bem 4 meses eu olhei um dia pra você e disse em pensamento " me cuida?" e você me abraçou, foi só isso e toda essa desgraça aconteceu. Eu esperando mais, você fazendo menos e a gente não se entendendo. Eu fazendo meu mundo inteiro dentro de você quando nem você mesmo se cabe. Acho que você não me entendeu, eu realmente quis dizer " toma conta de mim", acho que você sequer pensou que isso significava " me ama porque eu tô pronta", e esse " tô pronta" quis dizer: eu te amarei também e cuidarei de ti. Mas como sempre a gente lendo as entrelinhas erradas, achando que se entende no silêncio, supondo que a felicidade de ser "um só" acontece como que por milagre.
E depois que te conheci, devido as circunstancias, digo: o fato de sermos tão parecidos e tão amáveis, pensei nunca mais ter de escrever de novo pra desabafar mais um entalo na garganta e veja só como a vida (eu) insiste em me provar o contrário.
Nayla, é o seguinte: as coisas vão acontecendo pros olhos abrirem e fecharem, a vida nada mais é do que várias piscadas por ano e as histórias de amor são isso, acontecem nisso, nesse intervalo de tempo, de uma piscada pra outra, não é a morte é o começo de um possível sono/ sonho.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pro Grande.

A vontade que eu tenho é de te puxar pelo braço enorme que tens, te sentar na cadeira e dizer "escuta aqui, eu te amo seu babaca e eu não quero nada que envolva ficar longe de ti ou ser maltratada o resto dos dias". E eu bem poderia fazer isso, nós sabemos que sim, o problema é que ações sem resultados positivos nos levam, agora, ao saldo -20. A coisa tá feia pra gente.
Confiança, ou melhor, desconfiança não é brinquedo pra se quebrar, ou consertar, dar, ou ter de volta. Ela simplesmente existe em um momento de fraqueza de qualquer um dos lados. Mas uma coisa que eu aprendi com as minhas amizades, e se eu não estiver enganada somos amigos também, é que não há nada, NADA, que a vontade e o carinho não superem. Seria um trabalho em conjunto, lógico um pouco mais dolorido para quem tem que confiar. Pra isso acontecer o mínimo de pé no chão é necessário, pra poder se haver medidas de tratamento, acordos, entendimentos e essas coisas que fazem parte de uma reconciliação, as vezes a gente tem que comer casca de banana, porque, disse minha vó, causa esquecimento. Resetar é impossível a essa altura do campeonato, mas pelo menos arrumar a bagunça que esse problema causou, o que me dizes?
Eu conheço e reconheço teu passado, assim como reavalio ou meu todos os dias,e, creio eu, diferente de ti percebo o quanto a minha história não vai se repetir contigo, cheguei a um patamar novo, eu realmente estou em local desconhecido, então peço desculpas pela ignorância e a falta de senso muitas vezes, mas eu também peco e temo por nós.
Pra mim cada esforço, tentativa, esperança, vale muito a pena por se tratar de ti e eu bem gostaria que a reciproca fosse verdadeira, eu consigo partir do zero por uma boa causa se a relação continuar com as nossas progressões e crescimentos, se ainda fores comigo a pessoa amável e esforçada que és, se eu tiver a tua confirmação de que a única coisa que vai mudar é que nos amaremos mais e nos respeitaremos mais.
Eu só queria te ver na porta da minha casa, ouvir o teu "oi, tudo bom?" de sempre e ganhar beijinhos. Queria teu olhar de amor, teus carinhos, te ouvir e ter certeza de que tudo vai ficar bem, porque sabes que eu quero ser uma pessoa melhor junto contigo e porque eu vou saber que eu não tenho mais o que temer por nós, porque ainda queres continuar cuidando da gente.
E por mais normal que isso pareça creio ser o famoso "pedir muito" que perto do que eu sinto por ti- que não é obsessão- é quase nada.
Aproveitando a deixa, eu gostaria de dizer que o clichê pra mim em relação a ti é completamente válido. Eu realmente só quero estar contigo, por milhares de pontos positivos que estar ao teu lado tem, não consigo mais ver outra pessoa batendo na minha porta e me chamando de amor, não quero outra pessoa na minha porta me chamando de seja lá o que for... Podes não ser o homem que vai ficar comigo pro resto da minha vida, mas a tua marca em mim vai durar o tanto de tempo que eu puder existir e conseguir lidar com isso, e eu sou forte. Não acho que todo teu esforço é em vão, ou menor que o meu, até porque todos os esforços que existiram entre a gente foram em prol da felicidade de ambos, então todos eles são válidos e muito bem vindos da mesma forma e espero que eles continuem existindo, pois muitas vezes são o que sustentam e fazem a relação seguir, principalmente em uma fase de superação.  Eu tenho medo de te perder de todas as formas possíveis, seja por morte, por traição, por cansares de mim e dos meus ataques de menina mimada, por qualquer besteira, eu só tenho medo que meu casal de bebês, a vida a dois tranquila depois dos 30, a casa com tatame e escritório, o lugar de medalhas no nosso quarto, as brigas que teremos sobre o menino lutar e a menina namorar antes dos 15, nosso pug e rottweiler, nada disso aconteça, porque a partir do dia que nós ficamos juntos os meus sonhos giram em torno de nós dois e eu não quero que isso mude, ou tenham de mudar.
Eu, de verdade, te amo o suficiente pra querer recomeçar e eu daria tudo pra que quisesses e conseguisses tanto como eu, como se só passássemos por cima disso, superássemos e nós amassemos mais.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O problema do problema do problema...

A facilidade de ser temporariamente necessária e especial a completou de forma utilitária, sempre buscou soluções imediatas para problemas enraizados no "ser", menina-carente-mimada-e-descrente, demonstrava não enxergar um palmo a sua frente ao perguntar por que sempre tinha problemas, por que as coisas aconteciam só com ela. De tão mimada as coisas aconteciam só com ela, como se realmente assim fosse.
"A finalidade da vida tem como fim a realização plena do teu potencial de mulher, cara" dizia o melhor amigo da garota ao puxar um baseado, após contar a tragédia que é a vida dele e desabafar a vontade de sair de casa sem nem ao menos ter terminado o segundo grau do ensino médio, mesmo tendo 20 anos. A mãe do jovem é mulher bem feita, administradora extremamente prática, de tão prática ensinou ao filho os fins, porém não os meios, "estuda pra ser gente", "para de responder pra mim, tá pensando que eu sou tua moleca?!", "porque eu não quero" e assim por diante e até hoje essa mulher não entende o motivo do filho não querer "nada com nada" da vida. O ex- marido dela não abriu a boca para conversa sobre nada que lhe acrescentasse alguma coisa, na crença de que desse modo estaria evitando qualquer tipo de atrito, de fato o fez, porém a fez mais amarga, coisa que ele não sabe explicar até hoje o motivo.
O que nos move ou nos paralisa é a vontade de acertar e o medo de estarmos errados.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O cara que namorava um giz.

O cara começou pontilhando o 2 ao puxar assunto com uma morenona da faculdade, amiga da quase irmã de sua namorada. Desenhou pontinhos consecutivos ao dizer que era apenas uma nova amizade. Pontinhos esses que se ligaram ao número 3, que dessa vez não foi apenas pontilhado como coberto, quando a namorada achou três ligações depois de meia noite de um mesmo número estranho, três dias seguidos, e cada ligação com duas horas de duração... O 4 foi riscado no chão ao dizer que iria desligar mais cedo o telefone, pois estava muito cansado e queria dormir, sendo que foi visto em um pagofunk com os amigos no mesmo dia do cansaço... O 5 riscou-se por si só ao não ter desculpas para estar na festa...O 6 foi desenhado quando ela aceitou um cara bonitinho no facebook e ele foi perguntar quem era, achando um absurdo ela fazer aquele tipo de coisa. Pintou o 7 por ficar sem ligar e evitar ela por uma semana, mas pintou de tal modo que quando perguntam para ele quem terminou ele diz: ela quem acabou. E quando perguntam pra ela o motivo, ela responde: eu esgotei.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alí não havia amor de fato, deveras, mas um carinho, que de tão intenso quase era sonho. Duas mãos tão quentes, que juntas quase eram verão, mas não eram. E se fizeram de "quases" por muito tempo, decidiram juntos que não haveria nada melhor que o conforto do "quase amor", uma quase realização faria muito melhor que a completa, afinal não vivemos esperando sempre? Não vivemos de dúvidas e medos? Pra que então findá-los assim? Eles não tinham planos juntos, apesar de fazerem tudo juntos. Perguntei uma vez pra eles, separadamente, se eles estavam felizes e os dois responderam que não, mas eu que achava estar feliz parecia mais triste que eles dois juntos depois de um dia cheio de problemas. Eu não sou tão triste assim. Perdoe, senhor, eles não sabem o que dizem.

domingo, 9 de janeiro de 2011


"I won't deny it felt so right and now you're gone..."
Nos conhecemos assim, ao som de uma música subjetiva que não notamos, pois nossos olhos estavam usurpando toda a atenção de nossos corpos. Não vou descrever o encontro, nem os outros tantos que sucederam, porque seria desnecessário, e também porque não lembro de todos, só lembrei da música por necessidade... Já faz muito tempo, não tenho mais do que lembrar, quando a saudade chega nos faz vasculhar memórias que nem conhecíamos.
Mas foi assim: eu não queria nada, ele queria tudo e trocamos de papel no final.
Não consigo ficar triste pensando nisso, tudo bem que eu levei um pé na bunda, tudo bem mesmo, já levei outros tantos e quantos mesmo eu dei? Parece bem justo agora. E daí que eu contei das minhas paranóias e acreditei nele metade das vezes? Quantas mentiras minhas não viraram verdades na boca do povo? E quantas histórias bizarras eu presencie? Tô viva, enfim, por fim, e quase tudo que terminar em "im" só pra rimar e ficar bonito.
Porque beleza foi o que não faltou. Não tenho nada a declarar, aprendi a respeitar a dor da perda, a raiva do termino e descobri um infindável carinho e respeito por trás de tudo isso. A  graça das coisas é viver, apenas. Com tudo que isso implica, não é Caio? Pois é. Que seja então.
"But truth be told you were the most... Incredible thing in the world"

Um papo de um.

Adoro os artistas, sabia? Mas não gosto de arte, acho os quadros todos uma bagunça, eles sempre querem dizer algo que eu não entendo. Mas tudo bem, até porque eu não entendo muita coisa mesmo, coisas como sentimentos alheios e as atitudes contraditórias aos sentimentos, não é bobo isso? Eu acho. Tá aí, pessoas bobas são hipócritas, eu gosto de pessoas bobas, elas sempre são simpáticas comigo, me tratam bem e me convidam pro cinema, nas conversas defendem os oprimidos, mas não suportam ver duas pessoas do mesmo sexo juntas. Deve ser coisa da família, vai ver é, né? Nunca se sabe, por exemplo, gosto de muitas coisas que minha mãe gosta, por osmose, nem sei porque gosto, mas gosto. Tá, não tem nada a ver isso que eu falei, mas não sei explicar, não preciso argumentar sempre que eu afirmar alguma coisa, ou preciso? Meu ex namorado diria que sim, se eu não souber defender minhas idéias eu não chego a lugar nenhum, parece que pra gente se fazer de entendido tem que se explicar, mas eu não sei me explicar, talvez tenha nascido pra não ser entendida.
Sabe do que eu lembrei agora? De beijos mal terminados... Adoro eles. Gosto muito de beijos, eles falam pelas pessoas, por isso prefiro beijar do que conversar...Claro, dependendo do beijo também, tem beijo dado da boca pra fora literalmente, acho que quando a gente beija mostramos o que queremos e o que esperamos, todo mundo devia beijar com o coração, assim a gente sabia quem era bom ou não. Ou não, Esquece o que eu disse.
Sabe eu escrevo... Não coisas boas, eu escrevo pra escrever mesmo, nem tudo é verdade, quer dizer, deixa eu reformular: nem tudo é verdade pra mim. Mas tem pessoas que crêem no que eu escrevo, o que é bem legal, saber que a verdade não é universal, e tudo que eu escrevo pode ser certo, eterno, porque sempre vai ter alguém concordando em qualquer tempo. Mas um dia isso acaba, escrever vicia, você sabendo ou não.
É que nem cantar, acho que são as mesmas coisas, surtem o mesmo efeito pelo menos comigo, uma nuance de sensações, uma ondinha passa pelo meu coração e faz minha cabeça relaxar, eu me aquieto. Coisa difícil, sou ariana, não que eu realmente acredite nessa coisa de signo, porque eu tenho mais a ver com peixes do que com áries. Uma conhecida disse que depois dos 30 anos passamos a ter características fortes do nosso ascendentes, meu ascendente é peixes... Acho que já fiz 30 anos quando tinha só 10.
Mas sou uma criança. Sério. Por falar em criança, tenho uma amiga que namora um cara mais novo, ela quer muito ter o primeiro filho e ele disse pra ela que queria ter um filho também, só esqueceu de mencionar que o sonho dele estava programado pra dez anos mais tarde... Toda vez que ela chega perto de uma criança ele vai embora e finge que não vê, não sei se ela percebeu, mas todo mundo já viu. E esse menino tem um amigo super educado, que vive pedindo educamente pra eu mostrar a cor da minha calcinha pra ele no msn, é algo bem desconfortável, ele insiste em dizer que não é tarado, mas continua pedindo pra uma desconhecida mostrar a calcinha na webcam, nunca mostrei por sinal, mas também não bloqueei ele, não queria deixar ele sem graça, queria poder conversar com ele antes, falar que isso é estranho, pra ele controlar os hormônios, até porque ele já tem 28 anos e nem toda menina com quem ele conversa é piranha, acaba sendo uma falta de respeito, é verdade. Mas, enfim, falei muito já, me conta de você...
-Nayla, ela é muda.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"lá vou eu..."

Então o mundo girou para você. A vida lá fora chamou, você passou no vestibular, foi pra outro estado, fez trilhares de concursos e com a sua competência, lógico, passou em todos. Fez inveja pra muitos marmanjos, e pra muitas "marmanjas" também. Comeu metade das caipiras da cidade, namorou sério duas vezes, levou a vida de liberdades que tanto queria, muitos anseios foram cessados e com isso cresceu em você a vontade que tanto faltou enquanto estávamos juntos "como seria bom ter alguém pra dar aquele carinho", "não quero sair com meus amigos hoje, quero ver um filme com uma pessoa especial", "tô precisando de alguém que me dê valor, precisando me sentir amado"... E então você conheceu a "fulana", ela não tinha nada demais, não era bonita demais, não era legal demais, reclamava da toalha molhada, implicava com as mulheres do orkut, mas ela dava carinho e sabia cozinhar. Ela estava no lugar certo e na hora certa, apenas isso, o que uns anos não fazem com duas pessoas não é verdade? E aí você casou e teve dois filhos gordinhos parecidos com a sua mulher. Engordou, ficou calvo e não escuta mais Aerosmith. Aprendeu a dançar valsa, mas continua sem entender as letras de Chico Buarque- algumas coisas nunca mudam. E aconteceu de você me encontrar em um sites de relacionamento não muito usado pela sua mulher e fazer parte dos meus pedidos pendentes de amizade com um recado assim: lembra de mim? Como vai?
Lembro, lembro sim, graças ao giro do seu mundo eu aprendi a andar melhor sobre o meu, fiz vestibular três vezes, mas, infelizmente não passei, na quarta vez tentei outro curso e finalmente consegui, não namorei enquanto isso, porque não tinha tempo, tenho muita dificuldade em lembrar de datas e fórmulas, sabe? Mas então... Terminei minha faculdade, conheci um cara por lá, que dizia gostar de mim, mas voltou com a ex namorada na primeira oportunidade, fiquei chateada por alguns meses, senti sua falta e procurei o que fazer, essa procura me rendeu dois estágios e um bom salário pra uma louca de 21 anos, só sei que com 24 eu consegui comprar meu próprio apartamento e saí da casa da minha mãe, porque ela não deixava eu levar meninos pro meu quarto, coisas de mãe, né? Mas aí fui fazer minha pós em um estado próximo do teu e em toda festa que ia achava que poderia te encontrar por lá, nesse desespero e na decepção de não encontrar, dei pra metade daquela cidade e acabei me enrolando com um escritor e um advogado- esses tipinhos sempre me seguem. Eles dois descobriram, o escritor se encantou mais ainda por mim e o advogado me chamou de tudo menos de santa. Pensei estar grávida por duas vezes. Aprendi a beber e desaprendi cinco meses depois. Passei a curtir poesia e escutar Pink Floyd. Chorei por um ano, porque muitas amigas minhas casaram e tiveram filhos, mas nesse meio tempo resolvi viajar pra Europa, conheci todas as bibocas de lá e descobri que esse negócio de casamento e de muitos filhos, não é pra mim. Tô ganhando bem, tô feliz, tô realizada e espero que você também se sinta assim, porque enquanto o seu mundo girava, o meu estava sambando em plena Sapucaí. Tudo de bom.