quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cara, como eu tenho uma mente maldosa.

Eu perguntei com a voz mais provocante que tinha, se podia morder o pescoço dele e descer até a barriga, deixando algumas marcas vermelhas e essas coisas sacanas que a gente tem vontade de fazer com quem desperta esse lado mais... Mais... Mais selvagem. Ele não respondeu. Ele não ouviu. Eu não falei em voz alta, ficou dentro de mim. Não era só vontade por ter uma voz também ao fundo, narrando cada movimento e desejo.
"Cara, como eu tenho uma mente maldosa as vezes" pensei isso durante o dia todo, essa sacanagem  toda só me vem na cabeça quando não preciso dela, quando não tenho como usar e quando tenho eu esqueço, me dá um branco e um nervoso que só gente pura sente, vai entender?!
Não que ele seja um grande beijador, ou a próxima capa da G magazine, mas alguma coisa nele além de toda beleza - que nem me atrai tanto assim- me provoca, não penso no que ele vai fazer comigo, só penso no que eu quero fazer com ele, no jeito que vou beijar, passar minha mão, não me importaria de deixar ele louco. Esses desejos me movem, nenhum amor, paixão, saudade, faz com que eu tome uma decisão tão rápida quanto poder tocar em uma nuca ou um corpo gostoso de pegar, quanto a sentimento penso duas e se possível três vezes antes de qualquer atitude, o resto... Acontece, por vezes faço acontecer. Digo que não, mas gosto do que não pode, mas um 'não pode' confortável, não tão perigoso, preciso ter tempo de fazer o que eu quero fazer, não gosto de coisa mal feita, me agonia.
Não gosto de gente impaciente, gosto de gente provocada, desesperados, loucos na vontade, mas que deixam do meu jeitinho, desse jeitinho mesmo: lento, molhado e divertido (para mim).
Por isso não curto muito esse lance de gostar de alguém. Me perco em planos, sonhos, felicidades, azul, rosa, corações e músicas, esquecendo esse lado autora de contos eróticos, viro uma boba alegre, deixando essas coisas que eu tanto gosto para segundo plano, coisa esquisita, eu sei. Eu sou mesmo assim, do contra, virada, pro lado de lá, problemática para alguns (me falaram isso hoje e eu ri) e extremamente física.
Não gosto de meninos com cara de meninos, de pessoas com jeito de boazinha, acho que isso só cai bem em mãe e criança, não gosto de carinho superficial, aquele feito com a ponta do dedo com movimentos repetidos no mesmo local, não suporto isso. Gosto de jeito de homem, mas nem de todas as atitudes que eles tem, tem que haver uma combinação calculada para poder dar certo e encaixar, tem que tocar nos pontos fracos- em mim- de um jeito suave, porém firme: paixão, é isso.
Aquela necessidade toda, suspiros, respirações ofegantes, frios na barriga, o beijo quente, molhado, vagaroso e que acompanha cada toque. Ah, eu gosto!
Ando querendo, mas não um querer qualquer, quero do meu jeito, só falta achar alguém que queira do meu jeito também.

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