terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Se pra ele tanto faz, pra mim é que não vai fazer diferença, não é verdade?"
Não, não é verdade. Eu não sei a quanto tempo ando me enganando quanto a não me importar com o que os outros deixam de sentir por mim. Tudo bem, que o que os outros sentem é assunto deles, mas não seria justo ser meu assunto também, quando o gosto está diretamente ligado a mim? Eu não mando em ninguém, é fato, não tenho capachos, mas incomoda muito gostar sozinha, sabe? Isso é egoísmo, não querer gostar só? Eu nunca sei.
Eu fico proferindo essas bobagens e as pessoas escutam, devem me achar super "descolada" e tudo mais, veja bem, tudo bem pra você acreditar nisso, mas não consigo me convencer dessa sentença, por mais "descolada" que ela seja, menina tô-nem-aí 2010, continua sendo mais fácil acreditar na mentira alheia.
Eu penso tanto e no final sou mais boba do que aqueles que não pensam. Eu penso tanto pra parar no mesmo lugar de onde eu vim. É, quase, tudo culpa dessa bobagem que o povo fala, de que com o tempo a gente cresce e vira gente madura, que conhece das coisas e não teme besteira. O tempo passou, mas eu ainda sou uma menininha. Eu continuo querendo prender as minhas pessoas preferidas dentro de uma garrafa e salvar todas elas do mundo chato, de gente antipática e que briga comigo sem falar. Se eu conhecesse alguém legal há muitos anos atrás eu ficaria triste também por essa pessoa não gostar de me conhecer, eu ainda ia querer ser lembrada por todo mundo só por ser eu, ia continuar tendo a vontade, que tenho agora, de deitar no colo da minha mãe e pedir pra ela me trazer de volta o outro. As pessoas continuam sendo bonecos pra mim. Pessoas, eu sou uma menininha. Não me recusem depois de me aceitarem, eu sou birrenta. Não me forcem a ser a parte grande, que todo mundo tem depois dos 15, porque dá muito trabalho, sabe? Essas ideias partem do princípio de que meus atos serão consequências dos seus atos, porque eu sempre espero alguém mover um dedo pra eu mexer minha mão. É, isso mesmo, sou paradona, não sou "descolada" e se a pessoa que eu gosto tratar todo mundo como ela me trata eu vou ficar fula da vida.
Pra não é "tanto faz" se ele não liga pra dizer o que tá acontecendo com a gente há duas semanas ou mais, eu perdi as contas dessa lance chato que anda acontecendo. Não é "tanto faz" se ele não dá noticias, porque percebeu que estar comigo é carregar metade do meu mundo nas costas dele, ou porque refez a vida e notou que não tem espaço para sentimentos complicados e compromisso feito casamento. Não é "tanto faz" que, talvez, não seja nenhuma dessas opções citadas e sim o fato dele querer um tempo pra ele ou poder estar muito ocupado, não tá "tanto faz".
Tanto faz é uma coisa que nem cheira, tanto faz é uma coisa que nem coça, tanto faz é algo que nunca passa pela minha cabeça, que nunca me preocupa, que nunca é mencionado. Relação a gente tem com qualquer pessoa onde exista afeto e onde tem afeto, ao meu ver, tem que ter respeito, sinceridade e consideração. E se nada disso existir, eu estou completamente fudida, porque deposito toda a minha crença nessa teoria e a base de toda a minha dedicação vem exatamente dessa bobagem que acabei de falar.
Compromisso, sim, tanto faz. Mas meu tripé não! E ele está sendo violado ultimamente.
Eu não suporto ser cobrada e não suporto cobrar, eu odeio gente chata, que não respeita espaço e por isso faço de tudo pra não ser chata e respeitar o espaço dos outros. Eu estaria cobrando alguma coisa se pedisse uma explicação da nossa situação, pra saber se a gente ainda tem uma situação e se eu posso começar outras situações com outras pessoas. Eu estaria sendo chata se ligasse só pra ele lembrar que a história não acaba até alguém se manifestar e por o ponto final. E isso não é "tanto faz" pra mim. Eu me importo muito, não quero ter meu nome atrelado a chatice. Eu não ficaria nada feliz, eu não estou feliz no momento, com o ponto final, mas é bem melhor do que esperar alguém que pode não voltar, é bem melhor, sabe? Ouvir o que a gente não gosta sacode o coração e eu tô precisando de uma sacudida, pra substituir a necessidade dele.
Eu não quero explicações detalhadas, eu só quero um motivo que convença, que seja sincero, só isso. Eu não sei o porquê da existencia desse pensamento de que não é nada demais e que é coisa da minha cabeça, eu não sei, porque parece uma coisa bem grande, que vai me encher a cabeça e mudar alguns conceitos.
Ai, eu só queria resolver isso, mas ele não mexe o dedo. Eu sou uma menininha, né?

Um comentário:

  1. "Eu continuo querendo prender as minhas pessoas preferidas dentro de uma garrafa." Pois é, eu também! :**

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