quinta-feira, 25 de março de 2010

Eu sou

Eu queria ter um estilo diferente, saber desenhar e ficar bem de cabelo curto. Queria que as idéias não fugissem enquanto meu pc congela. Eu queria não só entender de sentimentos, mas conversar sobre política e direitos.
Queria pensar menos, escrever mais, ter a minha prova de redação em exposição como exemplo e acreditar mais nas pessoas. Poderia ser mais delicada, atenciosa e educada.
Eu gosto de crianças, mas não sei lidar com elas; confesso ser confusa, indecisa, paranóica e emocionalmente perfeccionista! Não gosto de pessoas que falam muito de si e que espalham o que pensam sem antes terem sido requesitadas para isso.
Permito-me esquecer, bloquear sentimentos e viver só (por um período curtissímo de tempo).
Queria ser mais organizada, ter a letra mais bonita, um senso de direção melhor e saber como andar em meio a muita gente.
Poderia falar mais baixo, ser mais discreta e assim satisfazer quase 50% dos meninos.
Apesar disso... Eu sou a do cabelo grande e desgrenhado, das unhas extravagantes ou sem tinta, do estilo estranho, da voz alta, do querer e não poder, mãos que balaçam quase sem parar, tenho a tristeza de ver pessoas se perdendo, nojo de palavras rudes, tensão sob pressão, sentimentos pré-meditados e sofrimentos contados, temporários...Não, não gosto de ouvir não, de ser contrariada, mesmo sabendo que nem sempre a razão está do meu lado, tenho preguiça e deixo muita coisa para amanhã. Sei que muita coisa que faço é errado, mas mereço um desconto, sou humana e não me engano.

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