domingo, 5 de dezembro de 2010

Escorrega, Maria

Escorrega, Maria, escorrega por entre as mãos, pelas nuvens, pelas vozes. Escorrega, Maria, porque tricotar o caminho custa demais e deixa eu te falar, quando há custo, há insatisfação. Escorrega, Maria, direto, de longe, porque custa muito abraçar o mundo, eu já falei sobre o custo, então... Escorrega, Maria, porque o Francisco nunca vai dizer o que queres ouvir e muito menos ser o que queres para ti, porque custa a cara ser outro alguém para agradar a quem se ama e quanto ao custo, não é Maria?! Sabemos já...
Escorrega, Maria, para não dar tempo de pensar, a fluídez dos atos sai por menos, a dinâmica da vida é normal, é verdade, mulher, eu não minto muito para ti, sabes disso...
Quer saber, escorrega mesmo, Maria, hoje, mais que nunca, mais que sempre, mais que muita coisa que fizeste na vida, porque é o que o tempo faz e até hoje ninguém soube o segredo do tempo.
Escorrega, Maria, relembra a infância no parquinho, as crianças todas sujas, que seria como se pudesses conhecer cada pessoa do mundo, ninguém deixa de ser uma criança sujinha esperando a vez no "escorrega".

6 comentários:

  1. "Escorrega"... sinto que essa palavra vai ficar na minha cabeça hoje... acho que estou precisando "escorregar" também...
    Beijos e obrigada por seguir o blog!

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  2. Que possamos escorregar sempre com essa leveza das lembranças boas! Foi o que me fez sentir...rs...adorei!

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  3. ahh que legal, eu nao tenho twitter mas me mande o link pra eu ver...vou criar uma pagina com os endereços das pessoas que prestigiam postando meus escritos! :)

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  4. Obrigada menina!
    é, sei como são essas decepções "amigorosas"..rs...mas na verdade meu post é uma conversa entre meu coração e eu! coração teimoso!!! :)

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