quarta-feira, 9 de junho de 2010

Escute bem e abra a porta, pode ser eu.
Relaxe e deixe, que o olho mágico me conhece de muitas vindas.
Não espere, mas eu volto. Meu pé coça para voltar.
Sinto falta do seu colo, da sua boca e de seu sofá.
Meu pé coça para voltar.
Pensando bem, me espere! Quero que me veja chegar, para ser como eu tanto espero: você correndo para mim.
E agora, que você anda por alguma parte da casa cheia de livros e tristeza, eu ando por mim, tentando e pensando em ser melhor para você. Você me aceita? Meu pé coça para voltar.
Sinto falta do seu colo, da sua boca e de seu sofá. Você me aceita? Eu pergunto no meio desse vai-e-vem que é ter orgulho e sentir amor.
Pensando bem, me espere! Esqueci a chave ao sair, deixei roupa, deixei fardo e me deixei um pouco aí, mas a chave eu não levei, eu esqueci. Você me aceita, não é? Bem que eu queria.
Bem que eu queria não ter que, nem, entrar por portas. Bem que eu queria aparecer, para você, no meio da sua bagunça de quarta-feira, entre o varal e a lavadeira, eu queria aparecer, nem que fosse sexta-feira, para ver você sair ou chegar de qualquer maneira, eu queria aparecer e não entrar pela porta.
Você me aceita?
Se sim, então escute bem e abra a porta, ou se não me espere e me mande embora, e diga que o olho mágico cansou.
Mas você me aceita?

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